21/02/2010

Momento...

Recordo-me dos dias passados a chover,
Em que minha alma inundava com cada pingo delicado
Mas que fortemente entrava na minha alma.
Recordo-me da trovoada no mar e a beleza que era...
Cada raio, em cada onda e eu olhava como se não houvesse mais nada melhor que se pudesse observar,
Como se o mundo à volta paralisasse e fosse só eu, a areia molhada, os meus pés a sentir que cada calafrio,
o bramir de um mar revoltado como que ripostando cada raio de trovoada que se torna cada vez mais forte,
Como se o céu e a terra se unissem num ripostar conjunto por minutos...
Sei bem que no fim virá sempre um sol inundar os nossos dias.
Um Sol de um amarelo caloroso num azul mágico, num panorama em que tudo fará sentido...
Em que o mar, calmo ou revoltado algum dia acalmar-se-à e, então aí formará um quadro ideal.
Quantas vezes, em nós a tempestade lá fora invade a nossa alma,
entre quatro paredes brancas, de uma palidez inavegável, como que, não conseguíssemos ver mais nada,
apenas um alma vazia preenchida por um branco de nada, que não nos dará uma resposta seja ela qual for...
Já num amarelo solar que acaba se transformando e morrendo no mar avermalhado somos invadidos por tudo o que é quente, por tudo o que engrandece a alma do ser humano...
No azul do céu deixo-me invadir por sonhos, por momentos, ouvem-se risos felizes, vive-se de uma forma mais feliz...
Em toda a variedade que nos rodeia, nos deixamos invadir por sentimentos contraditórios mas complementares...
Vivendo um dia de cada vez por vezes chuvoso, por vezes tempestuoso, outras vezes soalheiro todos eles se complementam embora contraditórios...
Podia ser "Pessoa" mas não sou mas há algo em que concordo com ele, já dizia o mestre "Pensar é estar doente dos Olhos"(Alberto Caeiro).
Neste momento, simplesmente se agarram as palavras e se conjugam, formando aquilo que para nós é perfeito em tudo o que sentimos, em tudo o que somos e que se fará obra... Em cada texto haverá sempre um pouco de nós representado e vivenciado...
Fazendo de cada momento a vida, conjugado, uma vida cheia de momentos em que nos afastamos de tudo o que é mau, aproximando o lado caloroso que em tudo nos preenche vendo a vida passar como um rio correndo para o mar vivendo de uma de duas maneiras vivendo e evitando tudo o que nos fará sofrer, ou simplesmente vivendo, tentando ser o "Super Homem", escondido em cada um de nós e que nem sempre libertamos, com cada aprendizagem retirada em cada experiência nos fará tornar capazes de em situações semelhantes ficar imunes a tudo o que é bom e mau...
Em cada um de nós haverá um cavaleiro andante...

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