16/07/2011

contradição...

vivo numa altura de grande pressão como todo e qualquer estudante... Mas sinto-me revoltada comigo mesma, porque nesta altura em que mais deveria ter força de lutar, mais garra pra continuar é quando simplesmente me escondo e me deixo sucumbir na cobardia de falhar e pior acreditar que não sou capaz..
Para mim a palavra "desistir" não existe no meu vocabulário mas, é revoltante a forma como me deixo levar para o caminho da frustração e em como me facilmente mentalizo de toda a qualquer desculpa justificativa da minha propria incapacidade de ter confiança e acreditar em mim mesma, como que preferindo o caminho mais fácil de me deixar falhar...
sinto uma vontade física enorme nesta altura de fugir.. todos os meus membros, o meu organismo vocifera diversos destinos para ir, vontades inacreditáveis não param de me distrair...
Lá no fundo há uma voz que me incentiva a não parar, não agora....
Acreditar é preciso, lutar e perseverar... Mas entre tudo isso perdura um vazio que não dá pra explicar..

03/02/2011

ansiedade...

sinto-me como se estivesse perante uma fobia social constante...
Todos os dias acordo e sinto-me bem, caminho debaixo de um sol radioso que me aquece a alma,
Apesar dos carros sei que estou bem... Pouco depois, vejo-me rodeada e invadida pela multidão é aqui que tudo começa!
Sinto-me ansiosa, respiração torna-se ofegante, o ritmo cardíaco acelera, parece que vou correr o mundo...
De repente sou invadida por um sentimento de cansaço, um sono que não me quer largar mais, mas estou presa ali...
E mais um dia passa...
Noutro dia similar a este eu chego a sentir tonturas e o mundo roda por mim...
Sinto que preciso de paz interior para transpôr pro meu mundo cá fora paz e calma...
Todo este sentimento passa quando volto numa longa caminhada já com o fresco do anoitecer, o barulho dos carros, as conversas das crianças a contar o seu dia aos pais... Viver!

10/01/2011

pensativa...

Sinto-me extremamente introspectiva, sensação de querer muito fazer, mas o vazio do "o quê?", "por onde começar?"...
Um sentimento de insatisfação que não passa... Complicado...
Falta-me algo e eu não consigo descobrir o quê... Sinto-me verdadeiramente incompleta...
Só me resta a busca incessante e a descoberta da resposta para as minhas perguntas...

01/12/2010

"Confusão do meu silêncio"

Tantas vezes necessito de parar... Fechar-me...
E a fortaleza dos meus pensamentos,
simplesmente a acompanho com silêncio e escuridão...
Tudo isto feito, eis o momento de meditar,
repensar o que foi e no que será...
A verdade é que...
Da mesma forma em que o silêncio me rodeia e me acalma,
Dentro de mim, os meus pensamentos, as minhas ideias e vontades
movimentam-se iluminados, afirmam-se dividem-se,
discutem entre si, como se tivessem vida.
Dentro de mim os meus pensamentos vociferam  erguendo-se pelas necessidades.
A minha alma ganha vida e não há reconforto pleno
Como se numa sala cheia de gente em que todos falam riem e ninguém se ouve a si mesmo.
Apenas no movimento de um pensamento, uma ideia iluminada..
Iluminada pela fúria e pela exactidão com que se pretende afirmar..
Até que por fim tudo se restabelece e o salão se fecha e o sossego volta a imperar.
Meditar em silêncio é deixar surgir o Eu interior, vê-lo ensinar a continuar...
Então eu respiro de alma mais leve e estou pronta para mais uma etapa...
A minha armadura foi remendada e tudo recomeça na nova realidade.

30/11/2010

"A vida não é uma pergunta a ser respondida. É um mistério a ser vivido."

Viver é ter medo, é arriscar,
Sou humana tenho os meus medo e receios.
Mas cresço e mesmo nos momentos mais baixos,
Eu me ergo com uma nova força...
Quando pretendo fugir me escondo no meu outro eu...
Sou eu quem se esconde dentro da minha muralha
Procuro-me e nem sempre me encontro e no fim,
Quem sou eu? Que vida esta? Os meus sonhos perdem-se...
A vida foge-me por entre os dedos e eu não consigo segurar.
Quero fugir mas não sei p'ra onde correr o que fazer?
O meu desespero aumenta e a ansiedade
Todos os meus demónios se apoderam de mim..
Ás vezes sinto-me um camaleão cheio de transformações,
Até chegar a mim assumo várias formas.
De repente um sol brilha dentro de mim,
Volto a mim inspiro e tudo não passou de um pesadelo que precisei de viver para crescer...

05/11/2010

Diário...

Fiz disto o meu diário e o meu espaço, até agora com a maior ausência preocupação do que seria...
Em tudo o que escrevi sou eu, quem escreve e quem sente...

30/10/2010

"Estou a aprender a ser feliz, aquilo que eu vou ser ninguém me diz (...)"

Depois de mais um relacionamento acabado, após isso, tomei a decisão de me fechar sobre mim mesma e viver só para mim, procurando-me aquilo que em mim perdi, conhecer-me, chamemos-lhe viagem ao meu próprio mundo...
Foi um pouco complicado, talvez já o devesse ter feito, mas o medo e a cobardia falaram mais alto e eu optei pelo caminho mais fácil, matar um sentimento fazendo de conta e iludindo-me que havia nascido outro... Achava que não era justo sofrer tudo outravez, recomeçar do zero, libertar-me do que tinha vivido até ali.
Na verdade isso não passou mesmo de uma ilusão... O sentimento que achava que tinha em curtíssimo prazo morreu, ficando apenas a amizade e o companheirismo pela pessoa com quem estava, o problema era que não tínhamos nada a ver, as incompatibilidades foram aumentando, os choques de personalidade também, o meu individualismo veio à tona, sentia uma vontade enorme de estar sozinha e já não com aquela pessoa, nem que fosse por amizade. Até que, alguém tinha de o fazer, terminou. Não me arrependo de o ter feito, em tudo o que fui com ele fui honesta desde o início. Não vou, gastar o meu discurso a lamentar...
Desde então que me fechei, resolvi recomeçar sozinha, com as bengalas do costume em todas as ocasiões, aproximei-me de pessoas que apesar do passado adoro, não vale a pena esconder porque é politicamente correcto fazê-lo, pode até ser, mas não, estaria a mentir.
Neste longo percurso voltei a aprender a ser independente, a pensar por mim, não ter medo de errar, cair e levantar-me, simplesmente vivo e sinto-me viva, sinto-me bem e aprendi que também posso ser feliz sozinha, porque eu não estou sozinha, tenho os meus amigos, alguns apoios familiares que estão sempre comigo e não há nada que nos separe.
Não foi fácil, confesso, chegar a este aprendizado, mas sinto-me finalmente a renascer dos escombros em que em tempos me afundei e usei para me esconder com medo de não conseguir voltar a ser só eu.
Para alguns, esta minha opção tenha sido tão intrigante e sem sentido, não acreditavam que eu poderia estar bem, mas o facto é que sim, estou muito bem comigo mesma... Aos poucos me desprendendo e renascendo...
Mas por dentro apesar das múltiplas tempestades e catástrofes naturais, consigo me sentir feliz... Um dia virá a bonança... I hope so...