17/08/2010

Lado Lunar.. Toda a gente tem um...

Idade física pequena mas uma idade mental se calhar grande demais...
Ao ler a minha típica revista feminina mensal, a certa altura li sobre vários testemunhos: possessiva, explosiva, viver para os outros, pessimista, orgulhosa.
 Ora eu infelizmente tenho-me deixado levar pelos seguintes lados lunares o de viver para os outros, ou seja, abdico das minhas próprias ideologias, do que me satisfaz, dos meus caprichos e da minha própria pessoal em prol de me manter na fasquia de exigência e viver na pressão de nunca deixar ficar mal ou dar quaisquer tipo de motivos à pessoa que eu mais admirava, de quem eu criei uma enorme fobia de o perder... Resultado, chumbei um ano por estar doente e fisicamente não aguentar mais a pressão do curso, a minha própria pressão de não querer repetir o ano e nem tão pouco desiludir essa pessoa. Compreensão da outra parte zero, apoio zero, a minha vida parecia que tinha perdido o sentido, como é que alguém que é responsável pela minha existência simplesmente me abandona, me humilha, recusa-se a compreender-me, a estar presente na minha vida, porque o desiludi, sinceramente a frustração dele não deveria ser maior do que a minha, admite que terceiros me humilhem e sejam tal como ele injustos comigo. Assim é fácil...
Em consequência desta espécie de abandono além do meu desgaste físico da luta contra a fobia de chumbar o ano de voltar a desiludir toda a gente, inclusive aquela pessoa que não me falava, não tinha qualquer tipo de demonstração de carinho, fui-me desgastando e perdendo o apetite sem dar por ela até que, simplesmente eu não comia ou fazia uma refeição decente por dia. O que é que eu ganhei com isto?
Nada... Essa pessoa continua igual, o meu ano pendurado na sequência deste desgaste excessivo e de comer, sinto-me como se não soubesse o que vou fazer com o meu curso quando sair, sinto falta de algo que deveria partir de mim, mas não parte, que é incentivo.
Comecei-me a sentir a um tempo, frustrada porque a motivação que me levou a encarar esta área, está completamente quase bloqueada, nada é impossível não é... Mas, é difícil estar a meio e ver que a nossa realização profissional terá que ser adiada, e adiada e adiada, por uma questão de elitizar aquela área, como resultado da vulgarização do curso.
Vejo-me muitas vezes, com perguntas existenciais que não metem de todo em causa a minha escolha, mas sim aquilo que hoje significa para mim este curso e que curiosamente já ouvi de outra pessoa  a mesmíssima expressão "é um inferno".
Como disse apesar da minha pequena idade, por outro lado, também sinto a frustração de com a minha idade não ser e nem ter aquilo que tanto queria, além de tudo o que já tenho, a minha independência, a minha vida...
Olho para as minhas colegas de escola já casadas algumas já a pensar em ter filhos e eu... estou na faculdade e a única coisa que tenho é... a minha vida, o meu curso, o meu espaço e o meu gato.
Sim é verdade, sinto-me um pouco frustrada e pessimista porque me pergunto quando é que vou ser eu? Quando é que me vou ver livre deste maldito curso, parar de gastar dinheiro? Que por vezes por muito forte e dura que já seja a carapaça há dias em que sinto a minha moral arrasada, sinto-me uma pessoa, mesmo que por 5 minutos, inferior e pequena...
Sim foi em sã consciência que escolhi a minha formação.. Não esperava era que isso me custasse tantas tempestades familiares e pessoais, tão poucas bonanças além dos amigos e algumas pessoas que são sem dúvida a minha família.
Talvez por tudo, o que vivi, sinta necessidade de querer ser com alguém o que não foram comigo... Talvez um dia, quando chegar a minha vez... Mas neste momento confesso atravessar uma crise existencial ao nível vocacional.
Continuarei a ter o meu lado Lunar, como toda a gente...

07/08/2010

Porque fazer amizades é sempre complicado, porque na verdade esperamos sempre que nos liguem, que nos escrevam, façam algo que nos faça sentir especiais.. Afinal de contas não é só num namoro que se deve estar sempre a "regar a plantinha".
Uma amizade também será isso... Acho eu...
No entanto desde que mudei de cidade conto pelos dedos os meus amigos e garantidamente que uma mão chegará...
Infelizmente, a forma como me sinto mais vezes é sozinha mesmo... Um dos motivos é o simples facto de ou me verem ou é pelo corpo e quando é que poderão "dar umas voltas". Como se amizade nos seus dois sentidos já não existisse simplesmente...
Adoro os meus amigos, estão sempre presentes mesmo apesar da distância só tem um problema passo os meus dias a imaginar como será um dia quando puder estar com eles... Está difícil, tão difícil...

02/08/2010

...no words...

Estas serão para sempre as palavras que nunca mais te direi...