30/10/2010

"Estou a aprender a ser feliz, aquilo que eu vou ser ninguém me diz (...)"

Depois de mais um relacionamento acabado, após isso, tomei a decisão de me fechar sobre mim mesma e viver só para mim, procurando-me aquilo que em mim perdi, conhecer-me, chamemos-lhe viagem ao meu próprio mundo...
Foi um pouco complicado, talvez já o devesse ter feito, mas o medo e a cobardia falaram mais alto e eu optei pelo caminho mais fácil, matar um sentimento fazendo de conta e iludindo-me que havia nascido outro... Achava que não era justo sofrer tudo outravez, recomeçar do zero, libertar-me do que tinha vivido até ali.
Na verdade isso não passou mesmo de uma ilusão... O sentimento que achava que tinha em curtíssimo prazo morreu, ficando apenas a amizade e o companheirismo pela pessoa com quem estava, o problema era que não tínhamos nada a ver, as incompatibilidades foram aumentando, os choques de personalidade também, o meu individualismo veio à tona, sentia uma vontade enorme de estar sozinha e já não com aquela pessoa, nem que fosse por amizade. Até que, alguém tinha de o fazer, terminou. Não me arrependo de o ter feito, em tudo o que fui com ele fui honesta desde o início. Não vou, gastar o meu discurso a lamentar...
Desde então que me fechei, resolvi recomeçar sozinha, com as bengalas do costume em todas as ocasiões, aproximei-me de pessoas que apesar do passado adoro, não vale a pena esconder porque é politicamente correcto fazê-lo, pode até ser, mas não, estaria a mentir.
Neste longo percurso voltei a aprender a ser independente, a pensar por mim, não ter medo de errar, cair e levantar-me, simplesmente vivo e sinto-me viva, sinto-me bem e aprendi que também posso ser feliz sozinha, porque eu não estou sozinha, tenho os meus amigos, alguns apoios familiares que estão sempre comigo e não há nada que nos separe.
Não foi fácil, confesso, chegar a este aprendizado, mas sinto-me finalmente a renascer dos escombros em que em tempos me afundei e usei para me esconder com medo de não conseguir voltar a ser só eu.
Para alguns, esta minha opção tenha sido tão intrigante e sem sentido, não acreditavam que eu poderia estar bem, mas o facto é que sim, estou muito bem comigo mesma... Aos poucos me desprendendo e renascendo...
Mas por dentro apesar das múltiplas tempestades e catástrofes naturais, consigo me sentir feliz... Um dia virá a bonança... I hope so...

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